Pirâmide no Egito - 1999

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Travessia do Mar Vermelho

E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda.  Êx 14:22



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sábado, 20 de novembro de 2010

A Estela de Davi

Confirme-se e engrandeça-se o teu nome para sempre, e diga-se: O SENHOR dos Exércitos é o Deus de Israel, é Deus para Israel; e permaneça firme diante de ti a casa de Davi, teu servo.  1 Cr 17.24


Pedra de basalto com a expressão 'Casa de Davi'

Uma inscrição contendo a expressão "casa de Davi" foi encontrada numa chapa de pedra basalto preto, e recebeu o nome Estela de Tel Dan. Esta chapa é fragmento de uma grande inscrição encontrada em frente à cidade de Tel Dan, anteriormente chamada Tell el-Qadi, ao norte de Israel. Sob a direção de Avraham Biran, do Hebrew Union College, Jerusalem,  arqueologistas escavaram por mais e 20 anos quando o primeiro fragmento da inscrição de basalto foi descoberto em 1993, durante o projeto da restauração de um antigo portão.  No ano seguinte, 2 pedaços menores da inscrição foram encontrados. 

A expressão 'Casa de Davi' em detalhe


No link abaixo você pode fazer um passeio virtual pelas ruínas dessa cidade.

http://www.3disrael.com/north/tel_dan.cfm

A largura do fragmento mede 32 x 22 cm, e a inscrição original tem treze linhas parcialmente preservadas e escritas em aramaico. É provável que as linhas 7-8  façam menção a dois reis de Israel e Judá, que reinaram entre 910 e 850 a.C: Jeorão, rei de Israel, e Asa, rei de Judá, referenciado na estela como rei da Casa de Davi.

Ruínas de Tel Dan

A flecha do livramento

Essa época foi marcada por conflitos Síria-Israel, três vitórias foram profetizadas pelo profeta Eliseu conforme o texto bíblico de 2 Rs 13.14-19, que transcrevo na tradução Viva.



Quando Eliseu estava doente, passando muito mal, quase às portas da morte, o rei Jeoás foi fazer-lhe uma visita, e chorou ao ver o estado em que o profeta se encontrava. "Meu pai! Meu pai! O senhor é a força de Israel!" disse chorando. Eliseu disse ao rei:  "Pegue um arco e umas flechas," e ele fez isso. "Abra a janela que dá para o leste," disse o profeta. Disse ao rei para colocar a mão sobre o arco, e Eliseu colocou as suas sobre as mãos do rei."Atire!" ordenou Eliseu, e o rei atirou.Eliseu proclamou então: "Esta é a flecha do Senhor, vitoriosa sobre o rei da Síria; pois o rei conquistará completamente os sírios em Afeque.  Agora apanhe as outras flechas e atire-as contra o chão. " O rei apanhou as flechas e atirou três vezes contra o chão.  Mas o profeta ficou zangado com ele. "Devia ter atirado contra o chão cinco ou seis vezes," exclamou, "pois então teria ferido os sírios até que eles ficassem completamente destruídos: agora será vitorioso somente três vezes."


Embora a quebra da estela tenha criado sérios problemas históricos, este é um dos mais importantes escritos encontrados em Israel, e o primeiro texto não bíblico que menciona a casa de Davi por nome. Há esperança que mais fragmentos desta estela sejam descobertos em futuras escavações. Com esta importante descoberta fica claro que o rei Davi é uma figura real da história antiga, como Jesus também confirmou, por exemplo, no episódio abaixo, registrado em Mateus 12:

Naquele tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a  colher espigas, e a comer. E os fariseus, vendo isto, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado. Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam?  Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes? Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa? Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor.

A escolha de Deus

1 Rs 8.16   Desde o dia em que eu tirei o meu povo Israel do Egito, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel, para edificar alguma casa para ali estabelecer o meu nome; porém escolhi a Davi, para que presidisse sobre o meu povo Israel.


1 Rs 2.11   E foram os dias que Davi reinou sobre Israel quarenta anos: sete anos reinou em Hebrom, e em Jerusalém reinou trinta e três anos.


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os Manuscritos do Mar Morto

Qumram, Israel

... pois guardaram a tua palavra e observaram a tua aliança.  Dt 33.9


Os Manuscritos do Mar Morto foram casualmente descobertos por um grupo de pastores de cabras, que em busca de um de seus animais localizou, em 1947, a primeira das cavernas com jarros cerâmicos contendo os rolos. Inicialmente os pastores tentaram sem sucesso vender o material em Belém. Mais tarde, foram vendidos para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro ortodoxo sírio São Marcos em Jerusalém, e para Eleazar Sukenik, da Universidade Hebraica, em dois lotes distintos. Atualmente estão expostos no Museu do Livro, em Israel.

O Museu do Livro tem o formato da tampa do vaso em que os Manuscritos foram achados


A coleção completa foi descoberta entre 1947 e 1956 em um total de 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel. Estima-se que foram escritos entre o século II a.C. e 70 d.C., ano da invasão de Jerusalém pelos romanos. A Gruta 4 revelou-se a mais importante de todas. Do seu interior foram recolhidos no mínimo 15.000 fragmentos perfazendo 584 textos, destes 127 seriam bíblicos e o restante culturais.


Os Manuscritos do Mar Morto formam uma coleção de cerca de 930 documentos escritos  em Hebraico, Aramaico e grego. A maior parte deles consiste em pergaminhos, uma pequena parcela de papiros, e um manuscrito gravado em cobre. Foram recompostos 800 escritos dentre os vários milhares de fragmentos, mas quase nenhum desses documentos estava completo. Há fragmentos de todos os livros do Antigo Testamento (exceto o de Ester), de outros livros judeus não canônicos (textos apócrifos - alguns já eram conhecidos,outros não), e uma vasta documentação, inédita, sobre o período em que foram escritos. Esta documentação revelou aspectos desconhecidos do contexto político e religioso nos tempos do nascimento do Cristianismo. Continha regras de comunidade, filactérios, calendários, e outros assuntos, e foi classificada como Literatura de Qumram .



Os livros bíblicos mais populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). Foi encontrado o livro inteiro de Isaías. Trata-se de uma peça com 7 metros de comprimento, escrito em aramaico, hoje exposto no Museu do Livro, em Israel. Vale a pena fazer uma visita virtual ao Museu no link abaixo:

http://www.imj.org.il/panavision/shrine_inter_eng.html

O Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa."


O Rolo de Isaías exposto no Museu do Livro
Descobriu-se que os textos bíblicos eram mil anos mais antigos que os registros do Velho Testamento conhecidos até então. Até o descobrimento dos textos do Qumran, os manuscritos mais antigos que se conhecia em língua hebraica eram dos séculos IX-X d.C.  O Codex Babilonicus Metropolitanus (imagens abaixo), produzido 1400 anos depois de o Antigo Testamento ter sido completado, era a cópia mais antiga em Hebraico antes dos manuscritos do Mar Morto,  mas havia a suspeita de que neles haviam sido acrescentadas ou modificadas palavras ou frases dos originais, consideradas incomômodas. Com os novos descobrimentos comprovou-se que os textos encontrados coincidiam, e que as poucas diferenças  apresentadas, eram,  na sua maioria, já  testemunhadas pela versão grega chamada “Septuaginta” ou pelo Pentateuco Samaritano (os samaritanos aceitam apenas o Pentateuco como sagrado). Ou seja, Deus protegeu milagrosamente a integridade do texto.





Outros vários documentos contribuíram para demonstrar que havia uma maneira de interpretar as Escrituras (e as normas legais) diferente da que era habitual entre os saduceus e os fariseus.



A autoria dos documentos é até hoje desconhecida. Com base em referências cruzadas com outros documentos históricos, ela é atribuída aos essênios, uma seita judaica que viveu na região da descoberta e guarda semelhanças com as práticas identificadas nos textos encontradas. O termo "essênio", no entanto, não é encontrado nenhuma vez nos manuscritos. O que se sabe é que a comunidade de Qumram era formada provavelmente por homens, que viviam voluntariamente no deserto, em uma rotina de rigorosos hábitos, opunham-se à religiosidade sacerdotal e esperavam a vinda de um messias.

A Universidade da Califórnia criou um projeto interessante de visualização dos costumes dessa comunidade (The Qumram Visualization Project) recriando em três dimensões a região onde os manuscritos foram achados. Pode ser acessado através do link abaixo:


Dr Rodrigo Silva (Evidências II, DVD 1-A Bíblia e os Manuscritos do Mar Morto)  explica porque foi demorado o processo de catalogação: Os manuscritos foram desenrolados, separados com pinças, e submetidos a delicado e complexo trabalho de limpeza que exigia bastante perícia e soluções muitíssimo caras, para, em seguida, classificá-los por grupos e começar o lento trabalho de montagem do quebra-cabeça que daria forma ao texto original. Visto que faltavam muitas partes, algumas vezes era praticamente impossível reconstuir o parágrafo ou até mesmo o texto inteiro, embora estivessem agrupados pela cor do pergaminho ou pelo formato da letra. E conclui: Nenhum texto encontrado desabonou o texto bíblico que conhecemos, pelo contrário, confirmou. Esta preservação prova que a Bíblia foi milagrosamente preservada e é a inerrante Palavra de Deus!







Fragmento digitalizado






terça-feira, 17 de agosto de 2010

Os Amuletos de Ketef Hinnon

...porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre. Salmo 133.3

Dentre as descobertas enumeradas pelo arqueólogo Walter Kaiser como sendo as dez mais importantes da arqueologia Bíblica, destacaremos os Amuletos de Ketef Hinnon.

Os chamados Amuletos de Ketef Hinnom são, na realidade, dois rolos de papel de prata minúsculos provavelmente usados como amuletos em volta do pescoço, achados na câmara funerária 25 da caverna 24 de Ketef Hinnom (em hebraico: 'ombro de Hinom', um sítio arqueológico localizado numa colina com vista para o Vale de Hinom, a sudoeste da Cidade Velha de Jerusalém). Foto abaixo:



O Vale de Hinom é citado pelo menos 11 vezes na Bíblia nos livros de Josué (15.8; 18.16), 2 Reis (23.10), 2 Crônicas (28.3; 33.6), Neemias (11.30), e Jeremias (7.31,32; 19.2, 6; 32.35).

Entre 1975 e 1980, Gabriel Barkay descobriu alguns sepulcros em Ketef Hinnom com uma série de câmaras fúnebres de pedras talhadas apoiadas em cavernas naturais. O local parecia ser arqueologicamente estéril e tinha sido usado para armazenar armamento durante o período otomano. A maior parte daqueles sepulcros havia sido saqueada, mas felizmente o conteúdo de Câmara 25 foi preservado devido a um aparente desabamento parcial do teto da caverna, ocorrido muito tempo antes.

O sepulcro 25 continha restos de esqueletos de 95 pessoas, 263 vasos de cerâmica inteiros, 101 peças de joalheria, entre elas 95 de prata e 6 de ouro, muitos objetos esculpidos em osso e marfim, e 41 pontas de flechas de bronze ou de ferro. Além disso, havia dois pequenos e curiosos rolos de prata.

Admitiu-se que esses rolos talvez contivessem alguma inscrição. Ao serem cuidadosamente desenrolados por especialistas do Museu de Israel, foi encontrado um texto com antiga escrita hebraica, decifrada com alguma dificuldade. O processo ultradelicado, desenvolvido para abrir os rolos de papel sem que o mesmos se desintegrassem, levou três anos. Quando os rolos foram finalmente abertos e limpos, descobriu-se que a inscrição continha porções de Números 6:24-26: "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz."

A maior placa contém 18 linhas de escrita legível e mede 97 x 27 mm, a menor apenas 39 x 11 mm (imagem abaixo): A bênção citada no Livro de Números era recitada pelos sacerdotes do templo, quando a congregação se reunia, mas aqui encontra-se em formato para uso individual.

Esta inscrição é uma das mais antigas e melhor preservadas contendo o nome do Deus Israelita: YHWH ou Jeová. Breve como são, eles classificaram como os mais antigos textos preservados da Bíblia, datando cerca de 600 anos a.C.

A Bênção Sacerdotal: uma bênção linda, no excelente estilo poético semita e cheia de uma mensagem muito necessária àqueles que enfrentavam as incertezas e forças hostis da vida no deserto.

O Senhor te abençoe e te guarde - Fala da bondade de Deus e na proteção do Seu povo.Quando um indivíduo ou nação se tornam objeto do favor divino, o infortúnio, a fome, o perigo ou a espada só servem para provar o quanto o Senhor ama Seus filhos, e como é capaz de libertá-los.

Faça resplandecer o Seu rosto
- uma expressão tipicamente hebraica. Quando o semblante de uma pessoa resplandece (Pv 16.15), está cheio de felicidade; mas quando o seu rosto está cheio de sombras, é evidente que o mal e o desespero se apossaram de sua alma (Jl 2.6).

E te dê a paz
- paz (hb.Shalom) significa estar completo, sem nada faltar e recebendo tudo que é necessário para uma vida plena (cf. Ml 2.5 "Minha aliança com ele foi de vida e de paz, e eu lhas dei para que temesse; então temeu-me, e assombrou-se por causa do meu nome.") Essa paz inclui a esperança de um futuro ditoso: Jr 29.11 "Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais."


domingo, 25 de julho de 2010

Sobre Arqueologia

"A Tua Palavra é muito pura, por isso o teu servo a ama" Salmo 119.140

Nenhum livro da história da humanidade produziu um efeito tão revolucionário, exerceu uma influência tão decisiva e teve uma difusão tão universal como o 'Livro dos livros', a Bíblia. Ela foi traduzida e publicada mais do que qualquer outro livro.

Dentre os seus escritos, o mais traduzido é o Evangelho de Marcos, talvez por ser o mais curto dos quatro Evangelhos e trazer um relato cheio de ação da vida e ensinamentos de Jesus. Marcos está disponível em cerca de 900 idiomas (fonte: SBB).

O documento mais antigo que traz um trecho da Bíblia é um fragmento encontrado próximo da costa do mar Morto em Israel. Escrito em torno de 225 a.C., a passagem é de um dos livros de Samuel, que faz parte do Antigo Testamento.

O texto mais antigo do Novo Testamento é um pedaço do Evangelho de João (Papiro P52), escrito em torno de 125 d.C.. O fragmento contém partes de João 18.31-33, incluindo a pergunta de Pilatos a Jesus: “Você é o rei dos judeus?” (SBB). Atualmente encontra-se exposto na Biblioteca de John Rylands, Manchester, Reino Unido. É mostrado na imagem abaixo:






A palavra arqueologia vem de duas palavras gregas, archaios e logos, que significam literalmente “um estudo das coisas antigas”.

O Dr. Milton Torres, professor de Arqueologia Bíblica da Faculdade Adventista da Bahia, Ph.D. em Arqueologia Clássica pela Universidade do Texas, em Austin (EUA), explica que "a arqueologia surgiu, a princípio, como um conjunto de crônicas escritas por homens excêntricos acerca de suas descobertas sobre o passado. Mas logo esses homens descobriram que era possível analisar o estilo dos artefatos e propor esquemas classificatórios para eles. Descobriram também que a estratigrafia (disposição dos artefatos nas trincheiras cavadas para descobri-los) podia ser correlacionada com a idade relativa de cada artefato. Ou seja, um artefato descoberto no fundo da trincheira podia ser imaginado como sendo mais antigo do que um artefato descoberto pouco abaixo da superfície. Com isso, surgiram os primeiros métodos arqueológicos. Em 1819, Christian Thomsen propôs um sistema para classificar artefatos pré-históricos que ele distribuiu em três idades: idade da pedra, do bronze e do ferro. Assim, nasceu a arqueologia como ciência."

Percebemos que a arqueologia é uma aventura; é também saudável curiosidade intelectual e, de fato, é a ciência que escava, cataloga, mede, descreve e analisa artefatos e objetos do passado. Existem diversos ramos da arqueologia como, por exemplo, a arqueologia antropológica, a arqueologia clássica (que se interessa pela antiguidade grecoromana), e a arqueologia bíblica e cristã. Essa distinção entre arqueologia bíblica e cristã é importante, pois os pesquisadores estão geralmente interessados em ver como essa ciência pode confirmar o relato bíblico, enquanto que o interesse da arqueologia cristã é desvendar a História do Cristianismo, independente de suas descobertas confirmarem, ou não, o relato bíblico.

A arqueologia bíblica pode ser entendida como um exame de artefatos antigos, outrora perdidos e hoje
recuperados, que se relacionam ao estudo das Escrituras e à caracterização da vida nos tempos bíblicos.

É verdade que existem correntes teológicas para as quais o que vale é a palavra e nada mais que a palavra, “Mas como se poderá compreendê-la”, questiona o Prof. André Parrot, arqueólogo francês, “se não se puder encaixá-la no seu preciso quadro cronológico, histórico e geográfico?”

A arqueologia também tem auxiliado a estabelecer a exatidão dos originais gregos e hebraicos e a demonstrar que o texto bíblico foi transmitido com um alto grau de exatidão. Assombrosos e incalculáveis por sua profusão, esses dados e descobertas aos poucos vão modificando a maneira de considerar a Bíblia. Para muitos, ela é simplesmente uma história piedosa, testemunho de crença para os cristãos de todo o mundo. Na verdade, ela é, ao mesmo tempo, um livro de acontecimentos reais. Vejamos alguns exemplos preciosos, onde o arqueólogo Walter Kaiser enumera as descobertas abaixo relacionadas como sendo as dez mais importantes da arqueologia Bíblica:

1. Os amuletos de Ketef Hinnon, contendo o mais antigo texto do Antigo Testamento
(séc. VII a.C.);


2. O Papiro John Rylands, contendo o mais antigo texto do Novo Testamento (125 A.D.);


3. Os manuscritos do Mar Morto;


4. A pintura de Beni Hasan, revelando como era a cultura patriarcal 19 séculos antes de Cristo;

5. A estrela de basalto de , descoberta em 1993, que provou, sem sombra de dúvidas, a existência do rei Davi;

6. O tablete 11 do épico de Gilgamés, descoberto, em 1872, por George Smith, que provou a antigüidade do relato do dilúvio;

7. O tanque de Gibeão (mencionado em 2 Samuel 2:13 e Jeremias 41:12), descoberto em 1833, por Edward Robinson;

8. O selo de Baruque, descoberto em 1975, provando a existência do secretário e confidente do profeta
Jeremias;

9. O palácio de Sargão II, rei da Assíria mencionado em Isaías 20:1, descoberto em 1843, por Paul Emile Botta, de cuja existência os historiadores seculares duvidavam até essa descoberta;

10. O obelisco negro de Salmaneser.


Em outras postagens, poderemos detalhar estas descobertas. Todavia, não se deve ser dogmático em declarações sobre as confirmações da arqueologia, pois ela também cria alguns problemas para o estudante da Bíblia. Por exemplo: relatos recuperados na Babilônia e na Suméria descrevendo a criação e o dilúvio de modo notavelmente semelhante ao relato bíblico deixaram perplexos os eruditos bíblicos. Há ainda o problema de interpretar o relacionamento entre os textos recuperados em Ras Shamra (uma localidade na Síria) e o Código Mosaico. Pode-se, contudo, crer que respostas a tais problemas virão com o tempo pois, até o presente, não houve um caso sequer em que a arqueologia tenha demonstrado, definitiva e conclusivamente, que a Bíblia estivesse errada.